quinta-feira, 17 de março de 2011

Decifrando as palavras da canaricultura.

(FÉO LUTINO MARFIM NEVADO)

A canaricultura de canários de cor tem evoluído muito nos últimos anos, e com essa evoluçăo, apareceram diversos nomes técnicos, tornando-se para os iniciantes um problema. Nosso objetivo é definir nesse artigo, o significado de diversos. Vamos a eles!
             LIPOCROMO – Define a cor amarela ou vermelha dos canários. Vejamos uma frase bastante usada: “Puxa que lipocromo!”
            CATEGORIA – Trata-se de como o lipocromo aparece distribuído no corpo do canário. Por exemplo:
                        Intenso;(todo corpo amarelo)
                        Nevado (corpo amarelo entremeado por pequenas partes brancas)
                        Mosaico (corpo branco, com somente algumas zonas amarelas)
            VARIEDADE – É um termo usado na planilha de julgamento, para definir os valores quantitativos e qualitativos do lipocromo, se ele está ou năo dentro do padrăo desejado.
            LIPOCROMO DOURADO   - É um tipo de lipocromo indesejável, na qual a cor amarela aparece como gema de ovo.
            LIPOCROMO LAVADO – É um tipo de lipocromo indesejável, na qual a cor amarela aparece muito diluída e fosca.
            SCHIMELL – Pequenas regiőes brancas, indesejáveis, do corpo de canários intensos.
            NÉVOA OU NEVADISMO – Partes brancas, da extremidade das penas, dos canários nevados.
            MOSAIQUISMO – Regiăo de localizaçăo de lipocromo nos canários mosaicos.
            AMOSAICADO – Canários nevado com tendęncia a apresentar marcaçăo de mosaico.
            MELANINA – Conjunto de pigmentos de cor negra ou marrom.
            EUMELANINA NEGRA – Pigmento negro do centro das penas.
            EUMELANINA MARROM – Pigmento marrom do centro das penas.
            FEOMELANINA – Pigmento marrom das bordas das asas.
            TIPO – Termo utilizado para definir a forma de deposito de melaninas nos canários, avaliando-se sua qualidade.
            BASTŐES OU ESTRIAS – Localizaçăo das eumelaninas negra ou marrom na plumagem do canário.
            ENVOLTURA – Define as melaninas dispersas na plumagem do canário, que năo estăo presentes nos bastőes.
            OXIDAÇĂO – Forma na qual as melaninas se apresentam em sua intensidade máxima.
            DILUIÇĂO – Forma na qual as melaninas se apresentam em sua intensidade mínima.
            UROPIGEO – Regiăo recoberta pelas asas, onde se localiza a glânula uropigeana e inicia a cauda.
            REMIGES – Penas grandes das asas.
            RETRISES – Penas grandes da cauda.
            HARMONIA – pontuaçăo atribuída aos quartetos, pelo mínimo de diferenças entre os pássaros.
            MUTAÇĂO – Modificaçăo ao acaso, de um ou mais genes do canário, alterando suas informaçőes e transmitindo-as a seus descendentes. Exemplo: A mutaçăo pastel alterando o desenho de um canela clássico.
            HIBRIDAÇĂO – É a introduçăo de gene de uma espécie, em outra, através de cruzamentos entre aves de espécies diferentes. Por exemplo: O cruzamento de um pintassilgo com uma canária de cor.
            COR DE FUNDO – Termo utilizado para descrever a presença ou ausęncia de lipocromo. Exemplo: Cor de fundo amarelo, vermelho, marfim, branco (ausęncia de lipocromo).
            EPISTASIA – Fenômeno pelo qual, um par de genes impőem suas características, inibindo as características de outros genes.
            FENÓTIPO – Características genéticas observados externamente em um canário. Por exemplo: Um canário albino (observando a cor branca e os olhos vermelhos).
            GENÓTIPO – Características genéticas năo observadas externamente em um canário. Por exemplo: Um canário amarelo portador de satinet (năo conseguimos identificar externamente que o canário porta satinet).
            DIFORMISMO SEXUAL – Săo diferenças entre machos e fęmeas, visualizadas com uma simples observaçăo dos pássaros.
            CROMOSSOMOS – Filamentos encontrados nas células, que carregam os genes, responsáveis pelas informaçőes genéticas dos indivíduos.
             Espero que, com esse artigo, tenha contribuído para um melhor entendimento do significado de palavras corriqueiras na canaricultura

Texto retirado do site: http://www.criadourokakapo.com/index.php?secao=artigocor000227

Tarefas dos canaricultores ao longo dos meses de um ano.


(CANELA EUMO PRATEADO)



Dezembro/Janeiro.
Efetuam-se as últimas crias. O que não se conseguiu até este mês, não adianta continuar a tentar, pois as fêmeas estão praticamente esgotadas pelo calor, pelo cansaço e pelo esforço da criação. Convém ir se preparando para a próxima muda, administrando para as fêmeas alimentação rica em vitaminas, aveia, etc. Terá que cuidar que a água seja abundante e fresca e que os alimentos brandos não cheguem a fermentar pelo calor. Cuidado com as mudanças bruscas do clima de verão.

Janeiro/Fevereiro.
Todos os utensílios que foram usados durante a época de cria, serão desinfetados corretamente e guardados para a próxima cria. Os exemplares deverão estar nas voadeiras ou gaiolões de emenda. Devemos observar o seu vigor e estado geral de saúde. A alimentação deve ser variada e rica em cálcio para que possam enfrentar o desgaste originado pela muda.

Fevereiro/Março.
Os canários estão em plena muda, não deveremos perder de vista, sobretudo, os últimos filhotes que são os mais débeis, assim como também os exemplares adultos, tratando de ajudá-los no transtorno da troca de penas, preservando-os das correntes de ar e mantendo uma abundante e variada alimentação.

Março/Abril.
Mês de pouca atividade. Os exemplares continuam nas voadeiras. Estarão em sua maioria com suas novas plumas, e com a muda terminando. Devemos começar a escolher os melhores filhotes.

Abril/Maio.
Começa o frio e deveremos aumentar na comida a porcentagem de alguns grãos oleaginosos (níger, cânhamo, etc.). Se iniciará a seleção dos pássaros que poderão ser candidatos a Concursos, colocando-os em gaiolas individuais.

Maio/Junho.
Chega o rigoroso inverno. A alimentação será mais forte, pois o organismo consome grande quantidade de calorias. Observaremos com mais detalhes os pássaros que selecionamos para exposição, mantendo-os em perfeita higiene.

Junho/Julho.
Mês de exposição. O canaricultor obterá o fruto de tudo o que sonhou, não devendo deixar-se levar por algum desengano, pois, em canaricultura sempre haverá o que aprender, e a melhor forma de fazê-lo é corrigindo os fracassos ocorridos. E quanto ao cuidado com os exemplares, seguiremos com a indicação dos meses anteriores, boa alimentação e preservação contra os rigores do inverno

Julho/Agosto.
Começaremos as tarefas da reprodução, serão selecionados, minuciosamente, os casais, observando que ambos os componentes se completem, de acordo com o que desejamos criar.

Agosto/Setembro.
Se o tempo ajudar, teremos fêmeas chocando e para meados do mês, os primeiros filhotes, a quem dispensaremos cuidados especiais, alimentação fresca e variada, abundante e nutritiva. Se tratará no possível, de não molestá-los, apesar de vigiar se constantemente, em momentos oportunos, se os pais tratam dos filhotes.

Setembro/Outubro.
A criação estará em pleno apogeu, e teremos filhotes emplumados e outros a sair dos ninhos, deveremos estar atentos ao comportamento dos pais, pois alguns machos mais fogosos molestam as fêmeas. Se isso ocorrer, deveremos então separá-los . Por outro lado, pode ocorrer que fêmeas arranquem penas dos filhotes, no seu afã de fazer novo ninho. Deveremos então separar os filhotes com uma grade, possibilitando a fêmea a continuar tratando dos filhotes, até que possam comer sozinhos.

Outubro/Novembro.
Neste mês, tendo em conta as indicações feitas para outubro, e quando a criação segue em pleno apogeu, se cuidará que as águas sejam frescas e que os alimentos não cheguem a fermentar, principalmente os brancos (pão com leite, etc.). Não devemos nos descuidar do fator higiene que é de suma importância a esta altura do ano, pois poderão aparecer piolhos e outros parasitos. Teremos que nos assegurar, também, que a noite os mosquitos não molestem os canários, pois estes visitantes noturnos trazem grandes transtornos.

Novembro/Dezembro.
Estaremos na terceira postura ou ninhada, alguns na quarta. Observaremos, como nos meses anteriores o estado dos alimentos e dos bebedouros. Todos os pássaros cevem estar protegidos do rigor do calor. Estaremos com os filhotes da primeira e segunda ninhadas nas voadeiras. Poremos atenção especial na prevenção contra piolhos para que não ataquem as fêmeas, que deverão estar extenuadas pelo esforço realizado.
De um modo sintetizado, analisamos as tarefas mais elementares de acordo com o mês calendário, os pormenores sobre acasalamentos, alimentação, preparação para exposições etc. etc. Boa sorte!!!

Texto retirado do site: http://www.criadourokakapo.com/index.php?secao=artigocor000263